sábado, 6 de novembro de 2010

RESPONDENDO AO LEITOR - Filhos e Planejamento Familiar


(Publicado no Jornal Mentes do Amanhã - Ano III - Edição VII - Setembro/Outubro de 2010)

Pergunta feita por Adrieli Cristina - participante da Mocidade Espírita "A Caminho da Luz" (Ipuã/SP)

Estamos estudando na nossa Mocidade o Livro " Não Pise na Bola" de Simonetti, e ficou uma dúvida entre nós sobre a Concepção que gostaríamos que nos esclarecesse ; Se na espiritualidade é planejado a quantidade de filhos e se o casal ao encarnar não os têm, a uma negligencia por parte deles; ou quando se têm mais filhos também não ocorreu um replanejamento, perguntamos isto pois vemos muita jovens grávida e sem condições física e psicológica para criar seus filhos, por que é permitido isto? - ( Adrieli Cristina - participante da Mocidade Espírita " A Caminho da Luz - Ipuã)


Pergunta respondida por Alan Martins (Ribeirão Preto/SP)
A questão é muito pertinente. Obrigado. No departamento da reencarnação, o planejamento constitui atividade prioritária. Em “Missionários da Luz” (capítulos 12 e 13), André Luiz nos reporta sobre como, na erraticidade, a preparação para uma nova encarnação compreende desde opções relativas a características do corpo físico até a escolha da família em que o espírito reencarnará. Este planejamento, grande parte das vezes, é feito com a participação do próprio ser reencarnante. Este, inclusive, em maior ou menor grau, participa da escolha dos gêneros de provas que irá enfrentar, dentro dos ditames da lei de causas e efeitos. Claro que isto não é regra absoluta, havendo espíritos mais recrudescidos que não têm condições de discernimento, o que explica reencarnações forçadas ou provações pura e simplesmente impostas e moldadas pela lei de ação e reação. Mas isto é outra questão, cabendo aqui voltar à situação daquele que planeja a quantidade de filhos e, depois, pela anticoncepção, frustra a vinda de espíritos com que se comprometera no plano espiritual, ou então, para os casos de gravidez precoce ou indesejada, aparentemente em descompasso com os planos pré-encarnatórios. Nesses pontos, deve-se chamar a atenção para a sistematização das leis de Deus e lembrar que, em harmonia com a lei da reencarnação, incide também o livre-arbítrio dos espíritos. Emmanuel nos lembra que a Doutrina Espírita concebe nossas consciências livres para o planejamento familiar e a anticoncepção. O exercício desse livre-arbítrio começa na erraticidade, mas termina no plano terreno, quando a quantidade de filhos, em razão de nossas condutas e imperfeições, fica muitas vezes aquém ou além do compromisso assumido no plano espiritual. Então, a primeira parte da resposta à pergunta resume-se em uma palavra: livre-arbítrio. E a segunda reside na lógica. Ora! Se tudo que fosse planejado no mundo espiritual fosse seguido à risca em nossa existência terrena, onde estaria a explicação para os infortúnios, crimes e outras desventuras da humanidade? Fosse assim, em uma única jornada terrena, todos evoluiriam e ninguém sucumbiria às provas e expiações, o que definitivamente não é a realidade.

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