Na condição de espíritas, conhecedores dos meandros que regem o mundo e as relações nossa postura diante da vida deve ser muito diferente da postura das demais pessoas do mundo, distantes do conhecimento espiritual.
Devemos considerar a vida como o solo abençoado onde germinam as sementes de nossas ações, e assim, à semelhança do agricultor prudente, devemos selecionar as sementes a fim de que não seja comprometida a colheita.
É compreensível que ante o legado da vida busquemos as flores, devemos refletir, todavia, que a ciência da felicidade consiste em transformar em flores os espinhos que nos ferem.
Jamais deveremos prender-nos ao agressor pelos laços do ódio, da mágoa ou do rancor, mas sim por um impulso de perdão, pois se a vingança nos escraviza o perdão nos liberta e ilumina.
Sendo a vida um patrimônio de Deus, não há como fugir dela e nem pensar que fora dela existe outra vida, pois a vida é única e imperecível. Assim, suicídio, eutanásia, pena de morte e aborto, são loucuras que nos invadem da tentativa de fugir de nossos problemas e dificuldades.
Na vida oscilamos entre a matéria densa e a espiritualidade, porém a morte não gera nenhuma transformação em nosso ser imperecível. Se quisermos adentrar na essência de nossa individualidade devemos iniciar o mais rápido possível o conhecimento de nós mesmos, sem o qual a jornada de ascensão se torna muito difícil.
Para isto é necessário que exercitemos algumas regras básicas de convivência, que muito nos ajudarão na jornada progressiva em que nos encontramos:
-Tratemos a todos com igualdade, pois as posições de superioridade ou subalternidade são condições passageiras que se alternam ao longo das reencarnações;
-Evitemos fazer alarde de nossas boas qualidades, pois a modéstia é apanágio dos espíritos realmente superiores;
-Amemos conforme nos recomendou o Cristo;
-Estudemos sempre, pois o conhecimento é fonte de progresso e como nos orientaram os espíritos encarregados de inspirar o Codificador “espíritas amai-vos, este o primeiro mandamento, instrui-vos, este o segundo”.
-Aprendamos a conviver com a dor, pois é ela quem nos garante um glorioso provir, imaginemos se o brilhante se recusasse a aceitar as ações do ourives, o barro fugisse do fogo que lhe atiça o oleiro ou o mármore se rebelasse contra o escultor que o fere. Quanta beleza se encontraria oculta e quantas obras de arte estariam por realizar-se.
Na busca da felicidade, aprendamos a buscar o bom e belo, todavia não nos esqueçamos que muitas vezes os caminhos para isto se mostram pantanosos e repletos de abrolhos e que para a sua conquista o esforço e a humildade são armas indispensáveis para encarar com alegria os revezes da vida.
(Mentes do Amanhã - Ano I - Edição I - Julho/2008)
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