sábado, 27 de novembro de 2010

SOBRE CÉLULAS TRONCO - Waldemar Gonçalves Junior


(publicado no Mentes do Amanhã - Ano I - Edição 2 - setembro/2008)

19. O homem não pode, pelas investigações das ciências, penetrar em alguns dos segredos da natureza?
– A ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas, mas não pode ultrapassar os limites fixados por Deus.
Quanto mais é permitido ao homem penetrar pelo conhecimento nesses segredos, maior deve ser sua admiração pelo poder e sabedoria do Criador; mas, seja pelo orgulho ou fraqueza, sua própria inteligência o torna, muitas vezes, joguete da ilusão. Amontoa sistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhe mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades rejeitou como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho.

Muito se fala hoje em dia sobre as células tronco. Mas o que é uma célula tronco?
É um tipo de célula que pode se diferenciar e constituir diferentes tecidos do organismo. As células-tronco são auto-replicantes ou seja, podem gerar cópias idênticas de si mesmo.
Em alguns casos a clonagem é um método de reprodução normal para muitos seres. As bactérias, por exemplo, têm uma célula só e se reproduzem, portanto, por meio da clonagem. Então, toda bactéria nasce clonada, ou seja, são cópias genéticas perfeitas das mães, que duplicam seu “corpo” para depois se dividir em duas.
Nos demais organismos, a reprodução só ocorre por meio da fecundação, ou seja, através do óvulo e do espermatozóide. Na fecundação, o óvulo e o espermtozóide se unem somando seus genes, de maneira que a célula formada passa a ter dois conjuntos de DNA. A partir daí, ela se multiplica e se divide sucessivamente, se transformando em um embrião.
Existem, portanto, duas formas de clonagem. Uma, com fins terapêuticos, outra com fins reprodutivos.
Com a reprodutiva, objetiva-se fazer a cópia de um indivíduo, técnica pela qual transfere-se o núcleo para um óvulo sem núcleo. Havendo a divisão do óvulo, transferindo-o para um útero humano e se desenvolvendo, obter-se-á a cópia do indivíduo de quem foi retirado o núcleo da célula.
Quando os fins são terapêuticos, as células são multiplicadas em laboratório para formação dos tecidos. A partir daí, os benefícios podem ser muitos, pois as células-tronco podem se transformar em qualquer parte do corpo. Através da injeção de células-tronco, essas passam a funcionar como as defeituosas, podendo-se tratar de doenças neuro-degenarativas, Mal de Huntington, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, Paralisia, Cirrose, Diabetes, Queimaduras, etc.
Muito se questiona a respeito de o Espiritismo ser contra ou a favor a utilização das células-tronco. Ora, esse é um questionamento de difícil resposta. Afinal, se o Espiritismo se posiciona como uma Ciência, deve assumir uma postura de pensamento científico. Como filosofia deve refletir sobre o assunto, permitindo que cada um possa dentro de suas concepções posicionar-se contra ou a favor do assunto.
A clonagem humana é alvo de muita polêmica e resulta, naturalmente em uma proibição mundial, em função de uma série de fatores, que implicam em inúmeros questionamentos de natureza ética. Quem seriam o seres clonados? Que espíritos habitariam esses corpos? Haveriam espíritos? Quais os interesses por detrás dessas pesquisas? Qual o proveito disso para a sociedade?
Sabe-se, além disso que, em 100 tentativas, 95 não terão sucesso; e mesmo as gestações que prosperarem poderão não obter sucesso, começando por um envelhecimento celular precoce.
Quanto a sua finalidade terapêutica, vemos o surgimento de um conceito revolucionário dentro da ciência, em especial na medicina, em decorrência dos enormes benefícios advindos de tal descoberta.
É imprescindível, portanto, adquirirmos conhecimento sobre as bases da Doutrina Espírita, a fim de poder questionar o aspecto ético de pesquisas dessa natureza, entretanto, a posição é e será sempre pessoal, cabendo ao Espiritismo e as demais correntes filosóficas e religiosas, nortear a sociedade a um comportamento ético, baseada no bom senso e no respeito a vida e sua interação com o todo.
Existem, naturalmente, muitas dúvidas a respeito do assunto; o que é natural, e como espíritas, temos que aprender a conviver com elas, compreendendo que as respostas virão com o tempo.
O que importa, é estarmos sempre firmes com o objetivo do conhecimento da verdade, estando abertos a adoção de novos conceitos.
Afinal o mundo evoluiu muito desde o surgimento da Doutrina Espírita, e é preciso que nós espíritas tenhamos a mente voltada para novas descobertas no cenário científico, recordando esse trecho de “A Gênese”, Cap. 1: Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.”

domingo, 14 de novembro de 2010

VIDEO-MENTES: Programa Conexão Repórter: Vida após a Morte (Rede Amigo Espírita)



Programa Conexão Repórter do STB, comandado pelo Jornalista Roberto Cabrini, aborda o tema "Vida após a Morte". Destaque para a entrevista com o médico psiquiatra e espírita Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, já muito conhecido no meio espírita pelas pesquisas desenvolvidas sobre a glândula pineal e sua importância no âmbito da mediunidade. A reportagem mostra experiências científicas do Dr. Sérgio relativas às reações no corpo físico do médium durante a psicofonia. Também fala do seu método de tratamento que alia Psiquiatria tradicional e Espiritismo.

sábado, 6 de novembro de 2010

RESPONDENDO AO LEITOR - Filhos e Planejamento Familiar


(Publicado no Jornal Mentes do Amanhã - Ano III - Edição VII - Setembro/Outubro de 2010)

Pergunta feita por Adrieli Cristina - participante da Mocidade Espírita "A Caminho da Luz" (Ipuã/SP)

Estamos estudando na nossa Mocidade o Livro " Não Pise na Bola" de Simonetti, e ficou uma dúvida entre nós sobre a Concepção que gostaríamos que nos esclarecesse ; Se na espiritualidade é planejado a quantidade de filhos e se o casal ao encarnar não os têm, a uma negligencia por parte deles; ou quando se têm mais filhos também não ocorreu um replanejamento, perguntamos isto pois vemos muita jovens grávida e sem condições física e psicológica para criar seus filhos, por que é permitido isto? - ( Adrieli Cristina - participante da Mocidade Espírita " A Caminho da Luz - Ipuã)


Pergunta respondida por Alan Martins (Ribeirão Preto/SP)
A questão é muito pertinente. Obrigado. No departamento da reencarnação, o planejamento constitui atividade prioritária. Em “Missionários da Luz” (capítulos 12 e 13), André Luiz nos reporta sobre como, na erraticidade, a preparação para uma nova encarnação compreende desde opções relativas a características do corpo físico até a escolha da família em que o espírito reencarnará. Este planejamento, grande parte das vezes, é feito com a participação do próprio ser reencarnante. Este, inclusive, em maior ou menor grau, participa da escolha dos gêneros de provas que irá enfrentar, dentro dos ditames da lei de causas e efeitos. Claro que isto não é regra absoluta, havendo espíritos mais recrudescidos que não têm condições de discernimento, o que explica reencarnações forçadas ou provações pura e simplesmente impostas e moldadas pela lei de ação e reação. Mas isto é outra questão, cabendo aqui voltar à situação daquele que planeja a quantidade de filhos e, depois, pela anticoncepção, frustra a vinda de espíritos com que se comprometera no plano espiritual, ou então, para os casos de gravidez precoce ou indesejada, aparentemente em descompasso com os planos pré-encarnatórios. Nesses pontos, deve-se chamar a atenção para a sistematização das leis de Deus e lembrar que, em harmonia com a lei da reencarnação, incide também o livre-arbítrio dos espíritos. Emmanuel nos lembra que a Doutrina Espírita concebe nossas consciências livres para o planejamento familiar e a anticoncepção. O exercício desse livre-arbítrio começa na erraticidade, mas termina no plano terreno, quando a quantidade de filhos, em razão de nossas condutas e imperfeições, fica muitas vezes aquém ou além do compromisso assumido no plano espiritual. Então, a primeira parte da resposta à pergunta resume-se em uma palavra: livre-arbítrio. E a segunda reside na lógica. Ora! Se tudo que fosse planejado no mundo espiritual fosse seguido à risca em nossa existência terrena, onde estaria a explicação para os infortúnios, crimes e outras desventuras da humanidade? Fosse assim, em uma única jornada terrena, todos evoluiriam e ninguém sucumbiria às provas e expiações, o que definitivamente não é a realidade.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O CHÁ DA MEIA-NOITE - Richard Simonetti (Bauru/SP)



(Mentes do Amanhã - Ano III - Edição VII - Setembro/Outubro de 2010)

Acontece algumas vezes comigo:
Aplico o passe magnético em moribundos. Pouco depois, exalam a último suspiro.
Pois é! Morrem!
Companheiros dizem que meu passe é “o chá da meia noite” – remete o degustador para o Além.
– Se eu estiver mal, não chamem o Richard! – advertem.
Brincadeiras à parte, há a velha questão, envolvendo o doente terminal, convocado às etéreas plagas, bilhete em mãos, pronto para o embarque.
É possível apressar a partida, usando recursos como o passe magnético?
O folclore do sertão nos diz que sim, apresentando-nos a figura do “ajudador”.
Trata-se de alguém especializado na “incelência”, o empenho de convencer o moribundo a soltar-se.
O “ajudador” emprega, em seu mister, cantos, ritos e rezas especiais.
O passe magnético, aplicado em clima de contrição, com evocação da proteção divina, é eficiente “incelência”, a favorecer a ação de benfeitores espirituais que assistem os desencarnantes.
Geralmente, o paciente terminal tende a agarrar-se ao corpo depauperado, prolongando a agonia. Devemos conversar com ele, ao aplicarmos o magnetismo, procurando faze-lo sentir que não está só, que há o amparo espiritual, que seus sofrimentos terão fim, que a vida continua...
Na medida em que consigamos dar-lhe alguma segurança, ele se soltará mais facilmente, e o desencarne acontecerá sem delongas, facilitando a ação dos benfeitores espirituais.

***

O problema maior dos que partem são os que ficam.
Os familiares, não raro em desespero, cercam o leito, em ardentes orações, implorando a complacência divina.
Não conseguem encarar a separação.
Em nenhuma outra situação se evidenciam, de forma tão dramática, nossas velhas tendências egocêntricas.
Todos pensam em si, na sua perda pessoal.
Esquecem o enfermo, em quem pesam os anos e as dores, para o qual a morte será abençoada libertação.
Produzem a chamada “teia de retenção”.
Sustentam, magneticamente, com sua inconformação, o moribundo.
Não evitam a morte.
Prolongam a agonia.
O paciente, que poderia libertar-se em alguns minutos, levará horas, ou dias, em sofrimentos desnecessários.
Há exemplos variados, envolvendo pessoas ilustres. Não obstante seu valor, experimentam agonia prolongada, em face da “teia de retenção”, sustentada por milhares de beneficiários de sua generosidade. Isso porque eles não conseguem encarar com serenidade o retorno do benfeitor à vida espiritual.
Nesses casos, os “ajudadores” do Além costumam usar interessante recurso:
Promovem, com passes magnéticos, uma recuperação artificial do paciente. Melhora, recobra a lucidez, revela promissora recuperação.
Os retentores suspiram, aliviados, relaxam, vão descansar…
Os mentores espirituais aproveitam a pausa na “teia de retenção”, e em breves momentos o moribundo exala o último suspiro.
Muitos se revoltam:
– Pensávamos que Deus ouvira nossas orações! Ele nos enganou…
Certa feita, conversei com um médico, pertencente à equipe dos “anjos do asfalto”, que atende acidentados, na Via Dutra, eixo Rio-São Paulo.
Comentou que são comuns ocorrências dessa natureza. O paciente com traumatismo craniano, “mais para lá do que para cá”, resiste enquanto há familiares e amigos por perto, em correntes de oração, a vibrarem em favor de sua recuperação.
Com o passar do tempo, o pessoal vai se afastando. Ficam apenas os mais chegados. De repente, o paciente parece melhorar. Os familiares respiram, aliviados, relaxando a vigília. Então ocorre a morte.
Essa situação repete-se com tanta freqüência que o povo costuma dizer:
– Foi a melhora da morte. Melhorou para morrer!
Isso mesmo!
Melhorou para afastar familiares que estavam retardando o passageiro do Além.
Com a Doutrina Espírita aprendemos ser “ajudadores”, jamais “retentores”. Exercitamos a “incelência” ideal, que nos habilita a enfrentar com serenidade os desafios da Terra e as dúvidas do Além:
A oração e a submissão à vontade de Deus.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

LEI DE SOCIEDADE - Marcos Papa (Ribeirão Preto/SP)


(Mentes do Amanhã - Ano III - Setembro/2010)

Constatamos diariamente pelos noticiários que a nossa situação social é ruim.
O Brasil possui a segunda pior concentração de renda do mundo, altíssimos índices de violência, criminalidade infiltrada e muitas vezes operando as mais altas esferas de nosso poder público. Escândalos são sucedidos por outros escândalos, e estes nos fazem esquecer daqueles antes que sejam esclarecidos e os responsáveis legalmente punidos.
Felizmente temos a certeza plena, com Jesus, de que aqueles por quem os escândalos vêm terão que colher o que plantaram em experiências educativas nos processos reencarnatórios. Aprendemos com Kardec que por escândalos devemos entender todos os atos que lesem o próximo ou a nós mesmos, sejam do universo público ou privado; portanto juízo! Jesus também nos revela a Lei Divina que determina seja dado a cada um segundo suas obras. O plantio é opção, a colheita obrigação. Melhor plantar melhor. Essa certeza plena nos confere paz para não permitirmos que a indignação, saudável, descambe para a revolta piorando nosso campo vibratório e anulando uma reação equilibrada, orando pelos que tropeçam moralmente, mas exigindo a aplicação da lei, na construção da sociedade civilizada que almejamos.
A boa notícia é que já progredimos muito.
Em Obras Póstumas, Allan Kardec nos relembra nossa organização social antiga anunciando o surgimento futuro da aristocracia intelecto-moral, como conseqüência do processo evolutivo no qual todos estamos amorosamente matriculados. “Das ovelhas que Meu Pai Celestial Me confiou, nenhuma se perderá”. Bom né?!
Informa o codificador que as Aristocracias, do grego “poder dos melhores”, já foram dos patriarcas, em tempos primitivos. Depois, por força das guerras, a da força bruta, liderada pelos mais fortes; a do ouro, liderada pelos mais ricos, os reis e seus descendentes. Evoluímos para a aristocracia da inteligência, mais justa, mas não a ideal. Os piores malfeitores da humanidade eram muito instruídos, mas não eram moralizados, ou educados, se preferirmos a visão Espírita de educação; o mesmo acontece hoje.
À medida que o homem aprender e praticar os princípios éticos universais ensinados por Jesus, e explicados por Kardec, teremos uma aristocracia moral e intelectualmente desenvolvida.
Nosso olhar panorâmico em direção ao passado nos dá coragem em trabalhar o presente e sonhar com a “ciência e o amor a favor futuro..com o respeito, os humanos direitos fazendo pensar os pilares de uma nova era”.
As circunstâncias mudaram, mas na essência nosso desafio continua o mesmo: reformar o nosso caráter! Combater nossas más tendências e trabalharmos no bem, no limite das nossas forças! Alinhar as nossas atitudes às recomendações do Mestre. “Amar com ardente caridade” o trabalho, a solidariedade e a tolerância. Ter para com os outros a mesma paciência que adoramos que tenham conosco.
Como realizar esse progresso em nós sem vivermos em sociedade? Isolados vamos perdoar quem? Ajudar a quem? Aprender com quem? Construir a democracia plena para quem?
Como prescindir da instituição da família no nosso acolhimento cristão-espírita nos retornos à arena terrena?
Deus sabe o que faz e nos pôs a viver em sociedade para juntos realizarmos a construção de nós mesmos rumo à felicidade com Ele, para sempre!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

NEM OS ESPÍRITOS VÃO - Orson Peter Carrara (Matão/SP)


(Mentes do Amanhã - Ano III - Setembro/2010)

Sabe-se que os espíritos estão por toda parte e que procuram os que lhes interessa, obedecendo ao critério de sintonia com os próprios interesses. Assim é fácil entender que os bons espíritos procuram o bem, a fraternidade, ou, em outras palavras, os grupos e pessoas que estão construindo o bem por toda parte, participando de suas atividades, inspirando-lhes as ações, confortando corações, amparando nas dificuldades. Da mesma forma espíritos ainda em vinculados a interesses grosseiros ou menos dignos também procuram grupos e pessoas que se envolvem com intrigas, calúnias, inveja, ciúme, competições, vingança e situações parecidas.
Isso significa dizer que temos por companhias espirituais exatamente aquelas que se identificam com os interesses e comportamentos que adotamos por norma de vida.
O título da presente abordagem, todavia, tem outro direcionamento. Ele foi motivado pelos constantes lamentos que ouvimos de baixa freqüência ou participação em eventos organizados para estudar e divulgar o Espiritismo. Então, brincamos com o título, como a dizer, em função de programas, títulos, horários, dias, que nem os espíritos vão...
É que alguns detalhes são vitais para o sucesso de freqüência nos eventos que programamos:
a) Citar o dia da semana. Normalmente observa-se informativos, cartazes e divulgações em geral citando apenas o dia. Por exemplo, 10 de outubro, sem citação do dia da semana. Essa informação é vital para situar o evento. É muito conveniente citar o dia do mês e o dia da semana para fixar mais.
b) Título do evento. Sempre há que se considerar que o título do evento, ou da palestra, ou do encontro deve motivar e atrair a participação. Assim também como a maneira como é anunciado. Deve ser com alegria, com estímulo, e não como simples leitura.
c) Horário e dia do evento. É sempre necessário verificar o horário e dia da semana em que se programam os eventos, levando-se em conta a realidade local, da cidade e mesmo da instituição.
d) Divulgação. Deve ser feita por todos os meios possíveis. E-mails, telefonemas, cartas, cartazes, TV, rádio, jornal. E principalmente pelo contato pessoal. E também não adianta com muita antecedência nem muito em cima da hora. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio cabível na realidade própria.
A grande questão é conquistar a pessoa que está lendo o e-mail, o cartaz ou o texto de divulgação, ou conquistar sua sensibilidade quando anunciado verbalmente. A pessoa que está ouvindo ou lendo o texto precisa sentir a importância de estar presente, o quanto o evento vai lhe fazer bem. É quando entra a criatividade de quem divulga, de quem organiza.
Imagine, por exemplo, por outro lado, marcar um evento numa final de Copa do Mundo, ou numa terça de carnaval, ou no Dia das Mães. Por mais que queiramos desviar o foco, o comportamento está muito condicionado a feriados e datas que saem da rotina. Aí é muito difícil. O mesmo ocorre com horários, que devem levar em conta a realidade local e mesmo possíveis eventos nacionais que possam prejudicá-los. Por isso a brincadeira: nem os espíritos vão...
O que se pretende dizer é que todo cuidado precisa ser colocado na divulgação e organização de um evento e o principal ingrediente é sensibilizar o público que se deseja atingir. É na criatividade de quem organiza que está o velho segredo.
Quem ouve a divulgação ou lê um texto precisa sentir que precisa ir... Como fazer isso com a eficiência que se deseja? Eis um segredo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

DIANTE DO SENHOR - psicografia da médium Sílvia Fernandes Gouveia - Guará/SP


Seria belo Jesus, ter para te oferecer meus olhos enxutos, sem a lágrima do remorso, sem o choro do arrependimento.

Trazer-Te as mãos limpas e puras, sem as marcas dos erros.
Seria magnífico, Senhor, mostrar o meu coração limpo, sem qualquer culpa e meus pés sem as marcas de tantos caminhos enganosos.
Jesus, aceite-me assim como estou: roto, ferido, machucado, pois Jesus, sou agora o fruto de tudo que fiz.
Fiz tudo que quis a minha mente confusa e colhi o amargor da insatisfação e da dor.
Reconheço Senhor, que embora tenha caminhado por lindos campos e viajado por todos lugares belos, é aqui, aos seus pés que me sinto em paz, me sinto pleno.
Embora tenha tido tudo que quisesse e feito o que me agradasse, é assim, sem nada ter, e me apresentando quase desnudo que me sinto rico, pois Jesus, estou tendo a riqueza de sua presença em meu coração, em mim o Senhor está.
De amores e vidas, não sei quantas juras eu fiz e só agora, sentindo o reflexo de seu amor é que venho a descobrir como é bom amar assim, da sua maneira.
Sempre pensei ser culto e sábio e vejo que não consigo nem mesmo entender a mim e nem consigo elaborar uma frase sequer para alegrar-Te o coração e agradecer-Te.
Jesus, brilhei, vivi, amei e enriqueci, mas só agora sei que a vida só pode ser sentida pelas suas pautas.
Então, já que por extrema bondade, visitaste esses meus sítios de dor e vieste me amparar com sua luz amorosa, peço-Te , Jesus que não me deixe aqui entre remorsos e choros, não porque eu tema a dor,mas porque, Senhor, não consigo mais viver por mim.
Seja a luz dos meus raciocínios, o brilho de meus olhos, seja a pureza que eu respire, seja sua palavra em meu falar.
Esteja o Senhor no âmago do meu coração, comande minha vida em sucessivas ondas de amor.
Que meus braços obedeçam a sua orquestra e que estejam a serviço da música do recomeço.
Guie meus passos, e seja o caminho dos meus pés.
Porque não sei viver mais só por mim, seja o condutor dos meus planos e construtor de meus ideais.
E como sei ser nada mais que um réprobo de tanto atraso no lodo da ignorância e do erro, suplico-Te, por favor, e em sublime perdão, se puderes, Senhor, dê-me novo coração. Que eu possa do fundo recomeçar, assim, como o menor de todos os homens, mas me envie de novo ao sol do mundo, para que eu possa te provar, Jesus, a nova dimensão que está a sua vida em minha vida.
Assim, se acontecer, Jesus, nada mais Te peço, entregando-te todo, todo o resto. Faça o quiseres de mim. Não me incomoda o lar em falta, a doença, ausência de pão, mas me dê o dom de falar para que diante de meus desgostos, infortúnios e dores, eu possa cantar a todos os homens:

Sublime sejas, obrigado Senhor!

Mensagem psicografa na noite 14/01/2004, médium Sílvia Fernandes Gouveia – Guará/SP

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Reencarnação - reportagem do programa Fantástico - TV Globo


Reportagem sobre o tema "Reencarnação", exibida pelo Programa Fantástico da TV Globo em 08 de agosto de 2010, fazendo menção ao Espiritismo codificado por Allan Kardec.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

OTIMISMO - Alan Martins (Ribeirão Preto/SP)




(Mentes do Amanhã - Ano I - Edição I - Julho/2008)


O pessimismo é um sentimento profundamente relacionado ao estado de espírito do indivíduo. Ao olharem na direção de uma árvore de Natal toda iluminada, alguns pessimistas enxergam justamente a única lâmpada queimada entre incontáveis delas acesas. Há pessoas que nem podem ouvir o famoso provérbio sobre a luz no fim do túnel, que logo vêm retrucando para atribuí-la a um trem prestes a atropelá-las.

O problema é que o pensamento pessimista propicia uma inditosa sintonia em faixa vibratória negativa. Logo, o pessimismo pode servir como porta de entrada para a depressão e outras mazelas do psiquismo humano, muito comuns no contexto da vida moderna. O mesmo acesso serve ao plano dos desencarnados, proporcionando o ingresso por avenida que leva ao triste terreno da obsessão espiritual. Não raro, é bom dizer, os quadros depressivos ou similares são devidos a vínculos obsessivos com irmãos prostrados em caminhos tortuosos do plano espiritual.

Ao contrário, o otimismo é atitude própria daquele que acredita em si mesmo e, acima de tudo, tem fé em Deus. O otimista atua em freqüência positiva, tem mais facilidade e disposição para realizar, conquistar e perseverar. No cenário terreno, representa o papel de mola propulsora do progresso e da evolução. Imaginemos se o pessimismo predominasse nas mentes de certas figuras históricas da Humanidade. Por exemplo, será que Cabral chegaria ao Brasil, Colombo à América e James Cook à Oceania? E Santos Dumont? Teria alçado vôo com o seu 14 Bis?

Notícias da espiritualidade, como as do irmão Emmanuel na notável obra “A Caminho da Luz”, dão conta de que muitos emissários de Jesus, não obstante a assistência e inspiração de mentores espirituais, acabaram sucumbindo nas tarefas para que foram designados, seja em razão de falhas próprias, seja em decorrência de influências negativas. Até Kardec, se tivesse sido pessimista nos momento difíceis, por certo, engrossaria as fileiras de missionários do Alto fracassados e, assim, o advento do Espiritismo no orbe terreno sofreria adiamento não desejado.

Façamos nossas auto-análises e vejamos os prejuízos a que o pessimismo pode nos levar: sofrimento por antecipação, somatização de nosso pensamento negativo em dores de cabeça, gastrite e outras enfermidades corpóreas, obras inacabadas, fracassos.

Portanto, o caminho é ser otimista. Certo? Correto! Mas o problema é que isto anda muito difícil no mundo de hoje. O negativismo está no ar, nas conversas entre as pessoas, na mídia que tanto enfatiza tragédias, crimes e toda sorte de notícias ruins. A guerra, a fome, o materialismo exacerbado e as atrocidades que as imperfeições humanas propiciam não são ignoradas por ninguém.

Então, como ser otimista em meio a tantas adversidades? A dica é buscar proteção contra o negativismo, ver as luzes acesas da árvore de Natal, não a única que estiver queimada; ocupar-se de músicas e leituras edificantes; dedicar-se à família, aos amigos, à caridade, à fraternidade, à solidariedade; cultivar a alegria, o bom-humor e ver que, assim conduzindo-se, é possível plantar sorrisos nos semblantes dos semelhantes.

É preciso acreditar para alcançar, seguir os ensinamentos do Mestre Jesus, ter fé em Deus e na Sua infinita misericórdia. Não se pode olvidar que o Espírito é eterno, que a Justiça Divina se faz ao longo de incontáveis encarnações, nem que sempre é tempo para recomeçar, resgatar os débitos pretéritos e conquistar méritos para um futuro espiritualmente mais promissor.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

DIANTE DA VIDA - José Eurípedes Garcia (Igarapava)


Na condição de espíritas, conhecedores dos meandros que regem o mundo e as relações nossa postura diante da vida deve ser muito diferente da postura das demais pessoas do mundo, distantes do conhecimento espiritual.


Devemos considerar a vida como o solo abençoado onde germinam as sementes de nossas ações, e assim, à semelhança do agricultor prudente, devemos selecionar as sementes a fim de que não seja comprometida a colheita.

É compreensível que ante o legado da vida busquemos as flores, devemos refletir, todavia, que a ciência da felicidade consiste em transformar em flores os espinhos que nos ferem.

Jamais deveremos prender-nos ao agressor pelos laços do ódio, da mágoa ou do rancor, mas sim por um impulso de perdão, pois se a vingança nos escraviza o perdão nos liberta e ilumina.

Sendo a vida um patrimônio de Deus, não há como fugir dela e nem pensar que fora dela existe outra vida, pois a vida é única e imperecível. Assim, suicídio, eutanásia, pena de morte e aborto, são loucuras que nos invadem da tentativa de fugir de nossos problemas e dificuldades.

Na vida oscilamos entre a matéria densa e a espiritualidade, porém a morte não gera nenhuma transformação em nosso ser imperecível. Se quisermos adentrar na essência de nossa individualidade devemos iniciar o mais rápido possível o conhecimento de nós mesmos, sem o qual a jornada de ascensão se torna muito difícil.

Para isto é necessário que exercitemos algumas regras básicas de convivência, que muito nos ajudarão na jornada progressiva em que nos encontramos:

-Tratemos a todos com igualdade, pois as posições de superioridade ou subalternidade são condições passageiras que se alternam ao longo das reencarnações;

-Evitemos fazer alarde de nossas boas qualidades, pois a modéstia é apanágio dos espíritos realmente superiores;

-Amemos conforme nos recomendou o Cristo;

-Estudemos sempre, pois o conhecimento é fonte de progresso e como nos orientaram os espíritos encarregados de inspirar o Codificador “espíritas amai-vos, este o primeiro mandamento, instrui-vos, este o segundo”.

-Aprendamos a conviver com a dor, pois é ela quem nos garante um glorioso provir, imaginemos se o brilhante se recusasse a aceitar as ações do ourives, o barro fugisse do fogo que lhe atiça o oleiro ou o mármore se rebelasse contra o escultor que o fere. Quanta beleza se encontraria oculta e quantas obras de arte estariam por realizar-se.

Na busca da felicidade, aprendamos a buscar o bom e belo, todavia não nos esqueçamos que muitas vezes os caminhos para isto se mostram pantanosos e repletos de abrolhos e que para a sua conquista o esforço e a humildade são armas indispensáveis para encarar com alegria os revezes da vida.

(Mentes do Amanhã - Ano I - Edição I - Julho/2008)

sábado, 26 de junho de 2010

CUIDAR BEM TAMBÉM DO CORPO FÍSICO



Paulo César Scanavez- São Carlos/SP

(Mentes do Amanhã - Ano I - Edição I - Julho/2008)


Interessar-se e movimentar-se no cultivo de valores espirituais é a prioritária recomendação da doutrina espírita. Postura dinâmica e centrada na permanente renovação de si mesmo objetivando a auto-iluminação situa-se em plano prioritário de todo aquele que despertou sua consciência para a importância da ascensão do espírito em busca dos valores eternos.


Nota-se, contudo, que pouco se fala em cuidar bem do corpo físico, como se isso fosse desimportante ou capaz de eclipsar a proposta maior de cuidar bem do espírito. Esse tema não escapou do enfrentamento por parte da Espiritualidade que ao responder às questões postas nas perguntas 718 a 727 destacou, em essência, que "a lei de conservação impõe ao homem o dever de conservar as suas energias e a sua saúde, para cumprir a lei do trabalho".

Há pessoas que atravessam a existência física inteira padecendo severos problemas de saúde orgânica. Outras desfrutam de plena higidez física, esbanjando saúde por todos os poros. Terceiro grupo que alterna períodos de saúde e às voltas com doenças simples ou de etiologia mais grave. Independente do grupo em que nos situemos há necessidade de buscarmos sempre o restabelecimento da saúde e a sua contínua manutenção para proteção integral desse vaso físico de suma importância para as atividades do espírito enquanto estivermos reencarnados. A alimentação sadia ajuda-nos a conquistar uma vida mais ativa, saudável e prazerosa. O respeito ao próprio corpo não deixa de ser um modo de exercício de encantamento com a vida e com o corpo e vida do semelhante. Colocar o corpo em movimento, através da prática de exercícios físicos regulares, constitui-se também em prática preventiva de inúmeras doenças, indisposições e sedentarismo que geram estados de inércia, parasitárias, depressivos e que em muitos casos deságuam em baixa-estima.

Para crescer espiritualmente temos que conjugar os interesses do corpo e do espírito, compatibilizando-os, reconhecendo a significativa importância do corpo físico para bem cumprirmos nossas atividades na Terra. Ao zelarmos bem do corpo físico – abstendo-nos dos excessos e trabalhando pelo restabelecimento e ou contínua manutenção da saúde – estamos agradecendo a DEUS a bênção da vida e ao mesmo tempo facilitando o nosso engajamento às atividades de cultivo dos valores espirituais. O indivíduo oxigena melhor seu cérebro, torna-se mais ágil, mais confiante, vitaliza seu bom humor e sua estima, está sempre disposto a conhecer mais, trabalha com maior disposição, revela-se apto a atividades diversas, aceita-se com mais facilidade e refuga sugestões em torno da inércia e da acomodação. A discrição, o equilíbrio e a moderação são peças espirituais fundamentais para alavancar uma saúde física ideal, geradora de saudáveis estímulos para aceitarmos os múltiplos desafios no desdobramento de nossa jornada reencarnatória. Possamos buscar orientação e apoio para bem compreendermos a necessidade de reavaliação de hábitos alimentares e adoção da prática de exercícios físicos adequados, pois assim estaremos contribuindo para preservarmos tanto quanto possível o nosso corpo físico para bem aplicá-lo na execução de tarefas que interessam à evolução do nosso espírito.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mensagem de Irmão X, psicografia de Francisco Cândido Xavier (extraída do livro "Estante da Vida")

Recebemos esta mensagem muito instrutiva do amigo Elder Rogério Cardoso, estudioso da Doutrina Espírita da cidade de Passos/MG. Interessante que o mentor da Casa Espírita em que se passa a narrativa de Humberto de Campos é um espírito que vivera a última encarnação como médico, trabalhando em nossa querida cidade de São Joaquim da Barra e região.

"O médico" (1891) - pintura do artista inglês Sir Samuel Luke Fildes

Burro Manco

Antes da reunião mediúnica, o problema de Espíritos e médiuns era o tema na conversação dos companheiros.

- Não compreendo – dizia a irmã Fortunata – porque os benfeitores da Vida Maior haveriam de tomar criaturas de má vida para instrumentos de suas manifestações, se a própria Doutrina Espírita é tão clara em maioria de afinidades...

- Meus amigos – atalhava Sidônio Pires, advogado e diretor do grupo -, se o trabalho fôsse confiado pelos Céus apenas aos fortes e aos sábios, que restaria aos fracos e aos ignorantes? A mediunidade não será comparável a uma riqueza de espírito que Deus distribui entre os bons e os menos bons, tendo em conta o progresso e o aperfeiçoamento de todos? Nesse sentido, é claramente compreensível que, em mediunidade, como em qualquer ramo da experiência humana, cada qual receberá pelo que faça...

- De acordo – objetou o irmão Luís de Souza -, mas o problema é muito complexo. Para ilustrar, pergunto: como acreditar que um Espírito culto venha trazer determinada mensagem por medianeiro que se expressa em língua exótica?

A irmã Leopoldina fitou o opositor, de frente, e contradisse:

- E se você fôsse, por exemplo, um médico, longe de casa e incapaz de viajar, com necessidade de transmitir um recado à família, com relação a determinado enfermo? Vamos que você não encontrasse uma pessoa com os seus conhecimentos e modos e tão-só dispusesse de um índio domesticado, que falasse imperfeitamente o idioma? que faria?

- Instruiria o índio, até que ele pudesse reproduzir corretamente as minhas palavras.

- E se o caso estivesse revestido de urgência extrema? – insistiu Dona Leopoldina – um problema de vida ou morte em criatura profundamente ligada ao seu coração?

- Escreveria um bilhete.

- Mas se não houvesse uma folha de papel ao seu dispor?

Observando que Luís de Souza começava a irritar-se, Dona Catarina interferiu, conselheiral:

- Efetivamente, a questão não é simples. Que há muita coisa esquisita, em mediunidade, há mesmo. Por mais se pense no assunto, em toda parte existem problemas sem solução. Devemos estudar cada vez mais. Cá por mim, não estendo gente má, falando por Espíritos bons...

O relógio, porém, marcava o início das tarefas e a palestra foi abandonada.

No transcurso da sessão, os encargos diversos foram atendidos e, no encerramento das atividades gerais, porque o Irmão Gustavo, mentor espiritual da casa, se preparasse para as despedidas, o Dr. Sidônio, diretor da equipe, indagou se ele registrara o entrechoque de opiniões sobre médiuns e Espíritos, alí havido momentos antes, ao que o paciente orientador respondeu:

- Ouvi tudo, meus filhos.

-  E pode, por favor, dar-nos o seu ponto de vista?

O guia sorriu pelo rosto do médium e considerou:

- Antes de tudo, todos estamos na escola da vida e cada qual, no setor de aprendizado em que se encontre, deve doar o máximo pelo autoburilamento. Vocês não podem perder a vocação do melhor e precisam intensificar lições e purificar ensinamentos. Aperfeiçoar tudo e elevar sempre. Quanto à prática do bem, honorifiquemos cada trabalhador na sinceridade e no proveito que demonstrem. Vocês falam em instrumentos mediúnicos deficitários, mas não ignoram que os talentos psíquicos são comuns a todos. Não seria justo que vocês, meus filhos, cada qual na pauta dos próprios recursos, tentassem oferecer alguma colaboração aos desencarnados amigos? Que pusessem de lado escrúpulos tolos e diligenciassem servir como intermediários, entre o Socorro Divino e a necessidade humana?

E ante o grupo atento, o Irmão Gustavo narrou, com graça:

- Com respeito a Espíritos e médiuns, quero contar a vocês um episódio simples de minha própria experiência. Eu era médico em São Joaquim da Barra, no interior de S. Paulo, quando fui chamado para assistir um doente, num sítio a vinte e seis quilômetros. Nesse tempo, as viagens de carro eram muito raras e o animal de sela era o nosso melhor veículo. Acontece que, no terceiro dia de minha vigília profissional no referido sítio, o meu cavalo adoeceu, justamente quando recebí por mensageiro que seguia de São Joaquim para Ribeirão Preto o recado de um amigo, solicitando minha presença à cabeceira da esposa, prestes a dar à luz. Conhecia o caso e sabia que minha cliente arrostaria com embaraços que lhe poderiam ser fatais. O enfermo a que prestava concurso acusava melhoras e, por isso, afobei-me. Dei-me pressa e procurei o Coronel Cândido, proprietário de excelentes animais; entretanto, o estimado amigo informou-me que só possuía cavalos árabes, de imenso valor, garanhões de fama, e não podia concordar em colocá-los na estrada com a obrigação de suar para cavaleiros. Busquei o sitiante João Pedro, mas João Pedro alegou que apenas dispunha de Manga-largas puros, de alto preço, e não estava inclinado a prejudicá-los. Corri até à vivenda de Amaro Silva, dono de grande haras; no entanto, ainda aí, somente existiam animais nobres e selecionados, que não me podiam ajudar em coisa alguma. Fui, então, à tapera de Tonico Jenipapo, um pobre cliente nosso, expondo-lhe o meu problema. Tonico não teve dúvida. Desceu ao quintal e trouxe de lá um asno arrepiado, e apresentou: “Doutor, este burro é manso e lerdo, mas, se serve...” Não houve mais conversa. Arreamos o animal e, agüentando espora e taça, tropeçando e manquitolando, o burro me colocou nas ruas de São Joaquim, para o desempenho de meu dever, a que atendi com absoluto êxito.

Depois de expressiva pausa, o guia rematou:

- Vocês estudem sempre. Passem a limpo quaisquer fenômenos e exercícios de mediunidade nos cadernos de lições da nossa Renovadora Doutrina; no entanto, em matéria de serviço aos outros, respeitemos cada obreiro no lugar que lhe é próprio. Pensem nisso, porquanto, apesar da era do automóvel e do avião, em que vocês se acham, é possível surja um dia em que venham a precisar de um burro manso, capaz de ser a solução de muita necessidade e amparo de muita gente.

O mentor afastou-se e, terminada a tarefa, a equipe dispersou-se com a promessa de examinar a comunicação e debatê-la na sessão seguinte.


terça-feira, 27 de abril de 2010

Entrevista: Heloísa Ferraz Pires



(Mentes do Amanhã - Ano III - Edição VII - Março/2010)



Entrevistadora: A Senhora está chegando dos Estados Unidos, esteve fazendo palestras. Qual a impressão que a Senhora trouxe de lá, como está o espiritismo lá? Como foi o trabalho lá?


Heloísa Pires - Olha, foi muito bom. Eu vou lá há seis anos fazer palestras. O movimento está crescendo, aumentando. O número de brasileiros é muito grande, o número de centros, mais de oitenta e quatro só em Nova York e vão continuar crescendo. Americanos ainda têm poucos, mas devagar eu tenho a impressão que as crianças brasileiras é que vão espalhar para os amigos no meio. Elas falam bem o inglês nossas crianças lá.

Mas, muitas casas espíritas, muito bom.

Entrevistadora; Faz a palestra em inglês ou tem tradutor lá?

Heloísa Pires: Não. Tem tradutor. No ano passado, fomos: eu, a Sueli Caldas Shubert, o Alberto do Pará e o Miguel de Jesus Sardano. Nós fazíamos com tradutor, mas aí começaram a fazer perguntas para o Alberto em inglês. E ele falou: “ Gente, a maioria aqui é brasileiro. Não precisa traduzir, fala em português.” Pronto. E deu certo.

Entrevistadora: Como está seu trabalho hoje? Você faz palestras...

Heloísa Pires: Excelente! Porque eu me aposentei, sobra tempo. Então eu Vou levar meus obsessores (eu digo), toda a família, quinta-feira na casa espírita. Eu trabalho, na desobsessão e sou ajudada é claro. Sexta-feira eu vou no centro que meu pai fundou. O primeiro, onde eu trabalho na desobsessão, é em Vila Mariana na rua Estado de Sayão. Amo este trabalho. E no centro que meu pai fundou, eu faço palestras e também trabalho na doutrinação. E vou onde sou convidada. E sou muito convidada, graças a Deus. Enquanto der para ir eu vou. Agora,quando não der mais... aí... RS...aí eu vou fazer tricô!

Entrevista: Fale um pouquinho do Herculano para nós.

Heloísa Pires: Ah! Herculano é minha paixão. Meu pai, minha mãe, são os grandes amores da minha vida. Herculano eu amo, eu separo o pai do autor para não me emocionar. Então eu falo o Herculano e falo “meu pai”. Quando falo meu pai, eu lembro dos natais, das histórias, do amor que ele tinha por minha mãe e por nós, do homem bom, simples, humilde. Quando eu falo no autor, meu queixo cai. Eu lembro dos 84 livros, todos com valor reconhecido. Um mais lindo do que o outro. O último que saiu é “Relação espírito-corpo”. Ele deixou ainda encarnado. Saiu agora. Aí eu pensei: “Já li tudo. Herculano não pode me apresentar mais nada”. Quando eu li o livro, eu falei: “Mas ele é incrível! Ele pode! Esse homem é demais! Esse espírito é demais!” Ele se baseou no ser do corpo de Kardec. E aí amanhã (na palestra) eu até vou colocar algumas idéias. Ele fala da importância do corpo físico, que o espírito age, e o corpo reage. Olha, é lindo, lindo, lindo! Falo, este homem é demais. Tem o “Espírito e o tempo”, “Concepção existencial de Deus” também é uma coisa de louco, “O mistério do ser ante a dor e a morte”, “Obsessão, passe e doutrinação”, “Parapsicologia hoje e amanhã”, e aí vai...um melhor que o outro. E a vida dele foi um exemplo de humildade, de retidão moral e de bondade. Graças a Deus! Este espírito é completista! E saiu agora no livro de Nena Galves, aquela onde o Chico afirmava sempre que Emmanuel dizia sempre que “Herculano é o metro que melhor mediu Kardec”.

Entrevistadora: Esta era minha próxima colocação. Se ele falava disso, desta frase?

Heloísa Pires: Emanuel falava sempre e a Nena Galves publicou no livro dela.

Entrevistadora: E ele, Herculano, aqui encarnado, ele teve conhecimento desta frase?

Heloísa Pires: Ele ria! Ele era muito humilde. Ele achava graça. Quando ele foi defender o Evangelho contra a adulteração, que queriam tirar pedaço.. foi terrível. Ele dizia: “Se eu servir a Jesus, se eu estiver certo, eu fico. Se eu estiver errado o que eu falo cai”. E ele venceu. Aí ele dizia: “A gente é só instrumento do plano espiritual. Ninguém é nada na Terra. Se um falha, vem um melhor.”

Entrevistadora: É verdade! Agora o trabalho da Heloísa Pires também é fantástico.

Heloísa Pires: O Trabalho da Heloísa é só divulgar. Eu leio, eu estudo, eu divulgo. Mas, eu não tenho a capacidade de Herculano, mas nunca! Demora no mínimo... cinco séculos! Porque ele foi escritor, pesquisador, fiel a Kardec. Eu não. Os livros que eu escrevo são com muito amor, mas são contos, é outro tipo. O Papai é um espírito mais velho, mais produtivo, mais culto. Muito, muito. É um missionário mesmo!

Entrevistadora: Aquele livro seu “Educar para ser feliz”. Eu li, gostei muito.

Heloísa Pires: Que bom. Eu também gostei. É leve, é alegre. Mas, não tem a profundidade do trabalho de Herculano, de nenhum deles. São mais light, mais jovem espiritualmente falando. RS..rs.. Estudando vou chegar lá, mas vai demorar..rs..rs..

Entrevistadora: Mas, para nós é muito bom, muito bom. Este “Educar para ser Feliz” nos remete muito a este problema que agora estamos vivendo que é a desagregação da família, a desagregação dos valores e o comprometimento da felicidade.

Heloísa Pires: É verdade. E pior ainda, apresentarem desvalores como valores. Então, há um indução à corrupção, ao roubo, pelos maus exemplos dos de cima né! A corrupção campeia e não acontece nada. Fazem... cada um faz o que quer e não acontece nada, então se a pessoa não tem visão da reencarnação, não entende para que ser reto e bom. Felizmente a ciência traz a visão da reencarnação. Que vai fazer a grande mudança quando for realmente compreendida. Eu acho que agora a verdade vem pela ciência. E não vai ter não aceitação, porque a ciência impõe. A física quântica já está aí com os “universos paralelos”, a teoria das probabilidades, então o espiritismos caminha tranquilamente.

Entrevistadora: Vai sendo comprovado.

Heloísa Pires: Vai sendo comprovado pela ciência, que é neutra, que não pertence a nenhuma religião e que traz a verdade que chamamos espírita, mas que vem dos séculos, não é? Que já estava com os Druidas seiscentos anos antes de Jesus.

Entrevistadora: Muito bom. E para as mães?

Heloísa Pires: As mães precisam de mais firmeza. Puxa, mães e pais estão muito perdidos. Eu noto que eles sentem cheios de complexos de culpa porque não tem tempo para os filhos. Quando encontram, não corrigem, querem agradar os filhos e deixam os filhos fazerem tudo que desejam. A vida não é assim. Ninguém vai ter tudo o que deseja na vida. O “Winnicott” que não é espírita e estuda o pensamento, ele diz: “Indivíduo que não sofre frustração mais tarde não vai suportar a vida”. As crianças precisam aprender a ouvir não. Precisam aprender a ser contrariado, se não mais tarde como profissional vai falhar. O “Winnicott” diz; “Maternagem – aconchego amor e paternagem – a lei, a disciplina, os limites. Aí a gente consegue criar um ser mais seguro. E Freud diz; “Temos um repressor interno, o superego, que exige de nós um comportamento adequado”. Não é sociedade que impõe ou reprime é o próprio indivíduo. Eu digo - Jesus disse: Sois luzes! Se nós tentarmos viver com sombras, ou na sombra, não somos felizes! Gozado isso não é! Nos desequilibramos. E os pais tem que educar dessa forma – isso pode, isso não pode, que respeito o próximo, que não é hora de gritar, que o nosso direito termina onde começa o direito do próximo. E você vai em um Shopping, as crianças derrubam roupa, ninguém fala nada. No metrô te chutam, ninguém fala nada. Aí eu falo né: “O Mãe, eu não pode me chutar! Amanhã ele vai te chutar!” As vezes me olham feio, as vezes me agradecem, no geral olham feio.rs..rs.. Estão comendo coisa, derruba em cima da gente. Eu falo, “ Mãezinha, ele não pode comer coisa em cima dos outros, espera ele descer do metrô!” Quer dizer, os pais estão dormindo. E o resultado é essa loucura. Tem aquele programa da Super Nany no Brasil e nos Estados Unidos, deixando bem claro – quem não sabe educar são os pais. Tem mãe que chora enquanto os filhos derrubam a casa... Tinha uma criança que xingava a mãe, tem de tudo e a gente para e fala; “Não se prepararam para serem pais?” São mais crianças que os próprios filhos. Querem ser amiguinhos, coleguinhas e criança precisa de pai e de mãe. É claro, uma mãe amiga, um pai amigo, mas autoridade, o respeito. Não é “amiguinho” se não eles se perdem. Antigamente era muito importante isso, havia uma autoridade, um respeito, leis dentro do lar. Jogaram tudo para o ar. O resultado é este caos moral.

Entrevistadora: E a gente pode associar isto também,não como causa única, mas associar isto ao avanço do uso de drogas.

Heloísa Pires: Nossa! Mas a criança já vem com tendência, mas aumenta o desejo das drogas pela insegurança. Falta de visão espiritual do mundo e insegurança, cansaço, e estar solto no ar. Se ela encontrar um amigo seguro, se ela for apresentada a Jesus, os pais conversarem, o problema diminui. Pelo menos fizemos a nossa parte.

Entrevistadora: Hoje nós estamos também vivendo uns dilemas, que tem chegado no nosso jornal, perguntas deste tipo – Mães de adolescentes que começam a namorar, que começam a trazer namorados para casa, e depois...

Heloísa Pires: Gente! Ordem e Progresso! A casa nossa, a nossa casa, não é um bordel. A nossa casa é um lar onde as luzes devem ser introduzidas. Então, é claro, o namoradinho vem, a namoradinha vem... Mas, eu tenho uma amiga, que foi comprar uma cama de casal para a filha namorar em paz. Eu falei “ Você está louca? O que que é isso? Tem que ter limites, disciplina, respeito ao corpo físico. Aí o que acontece, vem um bebêzinho, e todo mundo fica perdido. Crianças tem que parar de estudar para tomar conta do bebê. Então, não se pode ficar escravos dos instintos que herdamos dos animais e do corpo físico. Faz ginástica, vai tomar um banho, aprenda a se controlar, espera a hora certa, com a pessoa certa. Ninguém vai impor casar virgem isso é tolice, mas também não precisa ficar nessa libertinagem, trocar de namorado como troca de camisa. E os pais acolherem como se os filhos fossem uns animais irracionais. Há que por os pingos nos "is" se desejarmos um mundo melhor.

Continua na próxima edição.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pelos Caminhos de Jesus



Pelos Caminhos de Jesus

Julio Cesar - Igarapava/SP

(Mentes do Amanhã - Ano I - Edição I - Julho/2008)

Para todas as direções existem caminhos.

Há curtos caminhos que conduzem à loucura, há longos caminhos que conduzem a embriagues dos sentidos, há caminhos tortuosos que nos deixam completamente tontos e sem direção. Às vezes encontramos vielas sem saída e caminhos se nos apresentam sem fim, a vida por si só se apresenta como um caminho para todos nós.

Todos nós seguimos por caminhos variados sem se quer darmos conta onde vamos chegar, muitas vezes em nossa insensatez mudamos de caminho conforme as nossas sensações. Os egoístas elegem o caminho solitário como melhor rota de vida. Todos nós estamos e estaremos sempre caminhando nessa longa estrada da vida eterna e na eternidade todos os caminhos se entrelaçam.

Como diz o velho cantor: “Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai, quem poderá dizer o caminho certo e Você meu Pai” Jesus em sua infinita sabedoria ousou dizer-nos que ninguém chega ao pai senão por Ele, o que nos equivale dizer que só pelos caminhos de Jesus que atingiremos com certeza a nossa meta... A perfeição.

terça-feira, 13 de abril de 2010



Almas gêmeas e a lei de amor

Silvia Gouveia (Guará/SP)
Sônia Matos (Ituverava/SP)

O amor é um espetáculo não há dúvida. Um espetáculo que admiravelmente vem trazer luz em nossas vidas e paz aos nossos corações.

É puro e Divino. Emana do criador para as criaturas. Está gravado em nosso íntimo, em estado latente, evoluindo de instinto – sensações – sentimentos, até o ápice que o amor.

Pelo Evangelho percebemos que o amor é Lei, é condição inerente a nossas almas. Mas, a essência do ato amor, está também intimamente relacionado ao estado emocional, ou espiritual do ser que ama. Vejamos que percorremos uma escala progressiva e compreensiva ao ato de amor. Desde o instinto de ter, de buscar, de conquistar, de conseguir, de procriar; depois sensações que nossa estrutura reencarnatória nos traz: sensações de carinho, de prazer, de poder pois, há quem ame imiscuindo um quê de posse, de ciúme, ou dependência que são todos esses frutos de uma relação de poder, de possuir ou ser possuído.

Nesta nossa escala progressiva do amor, diz-nos o Evangelho que subseqüente `as sensações descobrimos os sentimentos. Sentimentos de zelo, de ternura, de docilidade, sentimento de bem querência, de bem estar. E o ápice, diz-nos os espíritos é o amor. E ainda completa, não o amor neste sentido vulgar do termo. O amor que faz estremecer os mártires e estes ébrios de emoção se lançaram aos circos, em desprendimento de si próprio entregando-se em amor pelo bem do Evangelho.

Percebemos os quadros obsessivos, compulsivos em que a visão equivocada do amor pode trazer aos espíritos, encarnados ou não. E em nome do amor. Um amor que ainda se enclausura na satisfação dos instintos ou na busca desenfreada por um prazer aprisionante. E quando não conseguem serem atendidos ou por este ou aquele motivo, transformam a força que se empenhavam no amor, em ódio. É quando observamos as confusões que passam nos corações. Amar no sentido real do termo, requer abnegação, resignação, desinteresse e total obediência aos desígnios do Pai.

Muitas pessoas nos procuram com questões amorosas. Dilemas que vão desde almas gêmeas à “casei com a pessoa errada”?

Vamos vendo no decorrer de nossas conversas e posteriores reflexões que o que querem é serem aceitas, e encontrarem alguém que possam aceitar sem qualquer modificação ou exigência. Poderemos pensar que isso não existe aqui na Terra. Acredito que existe sim, e a vida nos dá prova. Quem pode dizer que as mães não amam assim? E então percebemos que muitos de nossos problemas são caprichos não atendidos e uma dificuldade em abnegarmo-nos em favor do amor mútuo.

Estando ainda na fase de sementeira exigimos regalos de colheita. Buscamos no outro uma perfeição que ainda não temos em nós. Muitos, se encontrassem uma alma gêmea no sentido literal da palavra, ficariam por muito insatisfeitas ao terem que conviver com o espelho de si mesmas, com as mesmas imperfeições, exigências, manias e coisa e tal...

Quando tivermos com questões amorosas a nos incomodar, vamos refletir na escala progressiva do amor. Talvez estejam estacionados no instinto reclamando pelo ápice do sentimento que sequer conhecemos ou temos condição de oferecer para alguém.

Diz o ditado popular que parceiros são todos iguais, o que muda é o endereço. Aqui vamos acrescentar, o que muda é o adereço. Sim, adereço. Às vezes olhamos alguém de bela aparência, ou com um belo vestuário, ou com um belo cheiro, e podemos nos encantar pelo adereço. Quando mudamos para o mesmo endereço a coisa complica. Sem adereços, some o interesse.

Muda porque somos espíritos ainda imperfeitos, que se enganam, que tem suas inibições e fracassos, suas ousadias e valentias, que temos dificuldade em perdoar. Não podemos ir descasando assim como quem troca de adereços. Mudar de endereços depois de entrelaçados implica em uma porção de outras almas entrelaçadas conosco.

Não estamos aqui sendo contra ou a favor do divórcio. Estamos a favor do amor. Um amor que respeita as diferenças, as dificuldades, o estágio evolutivo de cada um. Se quisermos um amor perfeito, tratemos logo de buscar nosso própria perfeição para termos algo a oferecer a esse anjo quando ele chegar até nós.

Antes do “foram felizes para sempre’, tem muitas questõezinhas para serem administradas com cuidado infinito e com muito Evangelho no coração”.

(Mentes do Amanhã - Ano I - Edição I - Julho/2008)


Novidades!

Depois de uma série de notícias sobre o Espiritismo no cinema e na TV, quando divulgamos os iminentes lançamentos dos filmes "Chico Xavier" e "Nosso Lar", bem como da novela da TV Glogo "Escrito nas Estrelas".
Após uma justa homenagem ao centenário de nascimento do seareiro Chico Xavier, com poemas voltados para o tema Mediunidade.
E enquanto aguardamos anciosamente por uma nova versão impressa de nosso jornal.
O blog Mentes do Amanhã tem novidades para você!
A partir desta semana, vamos começar a postar todos os artigos até hoje publicados na versão impressa deste veículo de divulgação da Doutrina Espírita, desde a primeira edição.
Aguardem!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Homenagem ao Centenário de Chico Xavier - III

Mentes do Amanhã faz homenagem ao centenário de nascimento de Francisco Cândido Xavier.

Este é o terceiro poema de uma série de três.

MÉDIUM

Médium,
Medianeiro, operário.
Médium,
 Seareiro, intermediário.

Faz um intercâmbio,
deste mundo com os Espíritos.
Em sua missão,
Liga duas dimensões.
Mas é só um elo,
Sua tarefa é auxiliar.
Deve ter esmero,
Com vontade de atuar.

Se mirar em Jesus,
Disciplina e caridade.
Exemplo que induz,
Ao estudo e à verdade.
Humildade e fé,
Muita prece, oração.
Sua agenda é,
Só trabalho e devoção.

Mas nada é fácil,
Para obreiros imperfeitos.
Superar é difícil,
Ao humano os seus defeitos.
Esquece do estudo,
Da humildade e temperança,
Estressa com tudo,
Não se empenha na mudança.

É quando a sintonia,
Com a luz do Espiritismo,
Faz-se terapia,
De amor e otimismo.
Ora e vigia,
Faz o bem ao semelhante,
Viva em harmonia,
Tenha paz em seu semblante.

Médium,
Medianeiro, operário.
Médium,
Seareiro, intermediário.

Homenagem ao Centenário de Chico Xavier - II


Mentes do Amanhã faz homenagem ao centenário de nascimento de Francisco Cândido Xavier.

Este é o terceiro poema de uma série de três.

SONETO DO MÉDIUM

Ser médium, antes de quaisquer digressões,
É ser medianeiro, intermediário,
Entre duas distintas dimensões:
O plano espiritual e o material planetário.

Mas ser médium a isto ainda supera,
Pois sua tarefa, vai bem além.
A mediunidade no Cristo se esmera,
É caridade e disciplina também.

Deve o médium primar por estudar,
Ter humildade, na sua seara,
Fé na Espiritualidade que o ampara.

Deve, enfim, orar e vigiar,
Vibrar positivo, sintonia no bem,
Sem se gabar da faculdade que tem.

Homenagem ao Centenário de Chico Xavier - I


Mentes do Amanhã faz homenagem ao centenário de nascimento de Francisco Cândido Xavier.

Este é o primeiro poema de uma série de três.

NOSSO LAR

Lá de Nosso Lar, uma luz
De conhecimento nos induz
A uma vida não tão material,
A uma existência mais espiritual,
A uma harmonia de fé interior,
Em sintonia com nosso Criador.


Foi André Luiz, que ensinou,
Sua experiência, relatou.
Foi pelo médium Chico Xavier,
Nosso amigo para o que vier,
Psicografia de lavra confiável,
Biografia de enredo admirável.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


Biblia do Caminho
“O Caminho” é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato HIPERTEXTO. É um livro eletrônico que contém uma verdadeira biblioteca espírita digital on-line, constituído de uma coleção de livros virtuais inter-relacionados e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa.
Para baixar gratuitamente, basta acessar http://ocaminho.com.br/ e escolher algum dos servidores disponíveis.
As únicas advertências que fazem são as seguintes: "Se você possui uma versão anterior que tenha expirado ou não, desinstale-a primeiro antes de iniciar a nova instalação que possui vida útil de 180 dias. ATENÇÃO, o Link 01 irá baixar um arquivo executável e o Link 02 um arquivo zipado. As Licenças de uso (Registros) desse programa só poderão ser comercializadas pelas Editoras Associadas que detêm o Direito Autoral das obras nele reunidas; sua versão TRIAL continuará sendo distribuída até o início da comercialização; por enquanto ele é gratuito. (Para consultar a relação das Editoras Associadas à Bíblia do Caminho, depois de instalado o programa, consulte “Direitos Autorais” no Índice Temático)".