sábado, 28 de novembro de 2009


CONVIVÊNCIA
Paulo Cesar Scanavez (São Carlos/SP)


Não há vivências. Existem convivências. Necessitamos não só do próximo como de toda humanidade, pois só assim temos como desenvolver nossa condição humana. O Professor Herculano Pires apropriadamente lembra que antes do ser humano desejar a condição de espírito superior, faz-se necessário realizar-se como ser humano. Essa condição se implementa através da evolução que se concretiza pelo mérito, isto é, pelo esforço pessoal, perseverança, abnegação e devotamento. A maturidade espiritual não se atinge aos 18 anos de idade como previsto, dentre outras hipóteses, para se atingir a maioridade civil. Reclama muito mais do indivíduo: enfrentamento do dia a dia, desenvolvimento da capacidade de lidar com as frustrações, promover o bem pelo prazer de fazê-lo, reconstruir-se a cada momento pelo pensamento (raiz da estagnação ou da evolução), e com isso aprimorar-se na desafiadora arte de conviver.

Podemos construir uma estrada de difícil trânsito (esburacada, desalinhada, sem acostamento, sem sinalização etc) que acaba se constituindo em insuperável obstáculo para melhor conviver. O grande prejudicado será esse péssimo ou negligente construtor.

Convivência salutar, afetiva, assentada na transparência, lealdade, sinceridade, desdobra-se como uma rodovia larga, comprida, sinalizada, pavimentada, sem surpresas, e com isso demonstra alteridade que é a aceitação do outro como outro e não como um forasteiro ou estranho. A escolha é de cada um. Conviver é uma grande arte e auxilia o espírito em sua caminhada na busca de sua perfeição. A cada passo devemos adicionar as pitadas de valores espirituais.

O crescimento do ser humano passa necessariamente pelo exercício do bem que constrói a verdadeira cidadania. A dignidade da criatura humana, enfatizada no inciso III do art. 1º da Constituição Federal, desenvolve-se à medida que a criatura concorre para as mudanças positivas em qualquer setor de sua atuação.

A doutrina espírita enxerga evolução como resultado do esforço, do suor, da busca incessante do bem. Não é doutrina para acomodados. Dirige-se a todos para acordá-los de seu sono letárgico. A proposta é de despertamento de consciência para podermos retirar a trave de nossos olhos e melhor enxergarmos os reais objetivos de nossa reencarnação. Convivemos em coletividade e quando um mal atinge alguém, de algum modo, direta ou indiretamente, somos atingidos pelos efeitos desse mal, daí a necessidade de desenvolvermos a preocupação de cooperar pelo bem de todos.

O filósofo Mário Sérgio Cortella, "Qual é a Tua Obra?", Vozes, 4ª ed., 2007, págs. 121/122, apresenta a interessante Fábula da Coletividade que bem se ajusta ao tema central deste artigo:

“Uma senhora vivia numa pequena chácara e tinha alguns animais: uma vaca, um porco, uma galinha. E lá também guardava milho na tulha. E havia um rato que morava lá. Esse rato vivia sossegado até o dia em que a mulher resolveu colocar uma ratoeira dentro da tulha. O rato saiu desesperado. Correu até a vaca”:

– Vaca, nós estamos com um problema sério; a mulher colocou uma ratoeira lá.

A vaca deu risada:

– Como nós? Você já viu ratoeira pegar vaca ? Eu não tenho nada com isso. Isso é problema seu.

E saiu ruminando. O rato correu até o porco:

– Porco, nós estamos com uma encrenca danada, a mulher colocou uma ratoeira lá.

– O que é isso? Eu estou aqui bem longe, isso não vai me pegar, não. Ratoeira não pega porco, olha o meu tamanho e olha o seu. O problema é seu.

O rato, atônito, correu para a galinha:

– Galinha, nós estamos com um problema muito sério.

– Pelo amor de Deus, eu já estou de problema por aqui e você ainda me vem torturar? O máximo que eu posso fazer é rezar por você.

– Mas tem uma ratoeira lá.

– Mas isso não é comigo, é contigo.

O rato foi embora desanimado. À noite todos dormiam e, de repente, splaft. A ratoeira desarmou. Todos correram para olhar, inclusive o rato; era uma cascavel que tinha sido pega na ratoeira. A mulher levantou-se, foi tirar a cascavel da ratoeira e tomou uma picada. Foi levada ao hospital à beira da morte. Ficou 20 dias de recuperação e, na volta, precisava estabelecer a saúde na chácara. Qual a melhor comida para reforçar a saúde? Canja. Lá se foi a galinha. Depois de um mês, resolveu dar um almoço com feijão tropeiro para os parentes que a tinham ajudado e lá se foi o porco. A questão é que o tratamento tinha ficado caro e aí tiveram de vender a vaca para o açougue...

Cuidado: a ratoeira que aparece ali num canto pode não te pegar num primeiro momento, mas os efeitos dela são fortíssimos.”

Conviver bem é a chave do progresso espiritual.

(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição VI - Novembro/2009)




sexta-feira, 27 de novembro de 2009




POR QUE AS PESSOAS FICAM DOENTES?

José Eurípedes Garcia (Igarapava/SP)

Muitos médicos admitem que a maior parte das enfermidades de seus pacientes é de origem psicossomáticas, ou seja, não tem bases orgânicas.

Existem pessoas que morrem de doenças imaginárias. Do mesmo modo que usamos nossa mente para criar dores de cabeça, resfriados, febres, podemos usá-la também para criar problemas biológicos realmente sérios como úlceras, doenças cardíacas e câncer.
A enfermidade é um processo pelo qual algum órgão ou sistema transmite informação sobre desequilíbrios e exagerações que estamos fazendo em nossa vida e que devemos evitar. Estes desequilíbrios podem ser simples ou complexos.
Atrás de uma enfermidade está quase sempre uma extravagância, um abuso ou um hábito a corrigir.
Desenterrar desgostos ou ressentimentos é manifestação de rancor falta de perdão, que podem originar muitas sensações desastrosas em quem as cria.
Os sentimentos de ódio, a intolerância, geram irritação, descontrole, nervosismo, desgaste físico do sistema nervoso, taquicardias, palpitações, predispõe-nos às doenças cardíacas.
Quem não deseja curar-se, não conseguirá ficar saudável. Os estados de enfermidade podem esconder carências de atenção e necessidades de afeto.
Um enfermo pode criar dependência para com uma droga que toma diariamente, cujo organismo reclama e do qual sua mente não pode liberar-se.
A morte pode estar sendo desejada inconscientemente como uma fuga das circunstancias da vida ou dos problemas que se vê obrigado a enfrentar.
O Dr. Antônio Tedesco, médico neurologista espírita, classifica assim os fatores desencadeantes das doenças em sua generalidade:
1. Causas espirituais
2. Causas reencarnacionistas
3. Causas psíquicas
4. Causas físicas
Quando lemos o Evangelho Segundo o Espiritismo, no capitulo V encontramos:
“As tribulações da vida tem duas origens bem distintas”:
--Causas da vida presente
--Causas fora desta vida.
“Remontando-se à origem dos males terrenos, há de reconhecer que muitos males são conseqüência natural do caráter e do proceder das pessoas que sofrem.”
O Dr. Bernie Siegel, o grande oncologista norte americano, quando lhe chegam pacientes nos estágios mais avançados, pergunta-lhes se eles desejam cirurgia amputadora, quimioterapia ou radioterapia, ou se desejam apenas apoio psicológico. Graças à resposta do paciente ele calcula o seu tempo de sobrevida.
Se o paciente opta pela terapia psicológica, é porque ele crê na vida, ele viverá mais. Se pede a amputação terá uma sobrevida mais breve, pois não ama, não confia nas próprias resistências.
Entre os extraordinários casos do Dr. Bernie Siegel, impressiona-nos o histórico de uma mulher que estava morrendo de câncer. Ela morava a mais de mil quilômetros distante da clínica desse médico. Ouvindo falar desse admirável oncologista, manifestou desejo de consultar-se com ele.
Seu médico não foi nada otimista, pois ela estava morrendo.
Porém, face à suas insistências conseguiram meios de levá-la ao Dr. Siegel como se fosse cumprir o último desejo de uma moribunda.
Foi por ele gentilmente recebida, porém havia chegado muito tarde...
Mas ela ansiosa pergunta ao médico, após a sondagem clínica:
---Qual é a sua opinião Doutor?
Leal e realista ele foi objetivo: “Infelizmente, somos médicos, não podemos substituir órgãos vitais. Nem cirurgia, nem quimioterapia... A morte é um fenômeno inevitável é uma etapa da natureza biológica de um ciclo que cessa...”.
----Doutor, eu terei uma possibilidade em dez?
----Não senhora.
----Tê-la-ei em cem?
----Tampouco.
----Doutor, terei uma possibilidade entre mil pacientes?
----Não senhora.
----Em um milhão de pacientes?
---Bem, em um milhão de pacientes, é provável...
---Então cuide de mim, porque eu sou essa paciente no meio de um milhão.
Diante desse desejo, ele tratou-a e ela curou-se.
Nesse comenos ele percebeu que o câncer havia começado em meio de um processo litigioso de divórcio, e naturalmente o desencanto criou nela o desejo de morrer, descoberta a causa psicológica, começou a trabalhá-la para que ela vivesse.
O Dr. Siegel mostrou-lhe que existem homens muito melhores que o ex-marido dela, e que não valeria a pena morrer por um homem, já que existem tantos homens bons pelo mundo afora, que estão buscando uma boa mulher.
Quando ela se curou, o ex-marido procurou-a, mas ela não se interessou, pois já estava comprometida com outro.
Voltando ainda ao capítulo V de O Evangelho Segundo o Espiritismo:
“Interroguem friamente as suas consciências, todos os que são feridos em seu coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à fonte dos males que os torturam e verifiquem se, na maioria das vezes não poderão dizer... Se eu houvesse feito ou deixado de fazer tal coisa, não estaria nesta condição...”.
“... A quem então haverá o homem de responsabilizar por todas estas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, na maioria dos casos, é o autor de seus próprios infortúnios. Porém ao invés de reconhecê-lo, lhe parece mais cômodo e menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, e a Providencia Divina pela falta de oportunidade, pela sua má sorte”.

(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição VI - Novembro/2009)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009





EDITORIAL

Marcelo Molinari
Fernanda Moreira


Equipe do Jornal
Mentes do Amanhã

Passamos vários anos de nossas vidas dedicados aos afazeres terrenos, criamos nossos filhos, trabalhamos incessantemente para o nosso bem estar, para melhorarmos de vida e de vez quando fazermos alguma “caridade”: auxiliamos na sopa, nas atividades da casa espírita e se sobrar um “tempinho”, também visitamos algum asilo ou orfanato.
Como espíritas sabemos que é pouco, muito pouco o tempo que dedicamos para fazer deste um mundo melhor. Sempre adiamos nossos deveres. O Jornal Mentes do Amanhã traz reflexões importantes sobre a doutrina Espírita e por que não começar a fazer algo já! Vamos colocar o Espiritismo em nosso dia a dia, em nosso trabalho e nos nossos pensamentos.
Viver o Espiritismo de forma que ele influencie nossas atitudes e assim tomarmos nossas decisões sempre voltadas à luz dessa doutrina, que nos ensina a viver sobre a regência dos ensinamentos de Jesus.
O trabalho espírita nos ajudará a lidar melhor com as doenças do corpo e da alma. Nos trará paz de espírito e a felicidade possível neste mundo.
O Espiritismo nos auxilia nesta transição terrena, ajudando-nos a vencê-la com dignidade. Quanta luz nos oferece o consolador prometido! Aproveitemos a oportunidade!

(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição VI - Novembro/2009)

domingo, 22 de novembro de 2009



RESPONDENDO AO LEITOR

(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição V - Agosto/2009)

Pergunta feita por Márcia Barbosa Oliveira - cidade de Ipuã:

Se nós não nos lembramos das vidas anteriores, como posso realmente ter certeza de que existem, ou se tenho algo a pagar ou saldar? Como se comprova cientificamente que os espíritos existem, sendo que muitas pessoas não os vêem ou sentem? É real o que diz o espiritismo ou é fruto da imaginação dos espíritas?

Respondida por Alan Martins - cidade de Ribeirão Preto:

Agradecemos ao leitor pela pergunta gentilmente formulada. A indagação é sobre provas científicas da existência dos espíritos, bem como sobre a aparente contradição entre o esquecimento do passado e a crença na pluralidade das existências. Os fenômenos mediúnicos são provas científicas da existência dos espíritos, como já defendia Chico Xavier, sob a orientação de Emmanuel no inesquecível “Pinga-fogo” da TV Tupi em 1972. Bons exemplos são cartas psicografadas e comunicações psicofônicas revelando detalhes conhecidos apenas pelo espírito desencarnado e o ente querido destinatário da mensagem. Atualmente, a pluralidade das existências também pode ser comprovada por meio das terapias de vidas passadas, que o espírito Manoel Pereira de Miranda, em obra psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, classifica como uma conquista muito importante, recentemente lograda pelos nobres estudiosos das “ciências da alma”. No campo filosófico, somente pensando na existência do espírito e na reencarnação é que se pode enxergar sentido numa existência humana repleta de dessemelhanças e desigualdades sociais, psíquicas, morais, éticas e de saúde. A condição atual de cada um é conseqüência dos erros e acertos do passado, da evolução ou da estagnação acumulada ao longo das existências. A atual encarnação é sempre uma oportunidade de resgate e evolução. E nesse ponto se explica também o esquecimento das vidas passadas, uma benesse da providência Divina, uma previdente vacina contra o orgulho que a recordação de existências famosas poderiam suscitar, e também contra a desestabilização emocional e conflito existencial que a vergonha e o remorso decorrentes de atrocidades pretéritas poderiam proporcionar.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009




http://www.caminhosparaoespiritismo.org.br/

Um Encontro Espírita pode ser para Todos?



Leopoldo Daré (Ribeirão Preto/SP)


Até o século XIX, cultura estava relacionada ao conhecimento da elite social, e abrangia artes, literatura e filosofia. Do século XIX para o século XX surgiram novas definições que enfatizam o caráter de aprendizado e de compartilhamento social do conhecimento cultural, e traz uma forma particular de interpretar a realidade, dando sentido à vida humana. Desta forma, todo conhecimento compartilhado por um grupo de pessoas na sociedade é cultura, e por isso, Espiritismo é cultura para os membros de sua comunidade.


No entanto, como tornar um encontro espírita motivo de encontro social amplo e de interesse também para não-espíritas? Acreditando que estaria alcançando este objetivo, a Associação Caminhos para o Espiritismo buscou intensificar e a ampliar a divulgação de seus eventos (para maiores informações www.caminhosparaoespiritismo.org.br). Desejando tornar o Espiritismo objeto de debate na sociedade, organizou uma estrutura de divulgação superior a meta de trazer público para o encontro. Foram distribuídos fouders e cartazes em centros espíritas, farmácias, restaurantes, universidades, bibliotecas, hospitais, clubes do livro, panificadoras, docerias, repartições públicas e livrarias, nas cidades de Araraquara, Batatais, Barretos, Franca, Matão, Ribeirão Preto e São Carlos. Obteve espaços de divulgação na mídia espírita (revistas, jornais, blog, web-rádio e rádio comunitária) nos estados de São Paulo, Paraíba, Paraná e Santa Catarina. Na mídia não espírita foram divulgadas entrevistas e reportagens em jornais, rádio e canais de televisão de Ribeirão Preto e região. Foram enviadas postagens virtuais para mais de 211.000 e-mail de pessoas não conhecidamente espíritas. Destes, mais de 54.000 pessoas (26%) visualizaram o e-mail marqueting, e mais de 8.000 pessoas (4%) clicaram para acessar mais informações. A efetividade do e-marqueting foi superior a porcentagem de espíritas na população brasileira (próximo a 1%), o que indica interesse de não-espíritas pela mensagem espírita. Houve mais de 2.000 pedidos de exclusão de seus e-mails da lista de e-marqueting, indicando que a forte repulsa a mensagem espírita é considerável, mas não inviabiliza a estratégia de propaganda.


A associação buscou patrocinadores. Das 16 empresas que aceitaram patrocinar os dois primeiros fóruns Caminhos de 2009, apenas em uma empresa os proprietários não são espíritas. Entre as 16 empresas que não aceitaram patrocinar o evento, sejam os proprietários espíritas ou não, as justificativas foram iguais: dificuldades financeiras e/ou a empresa não vincula sua imagem com eventos religiosos. Isto demonstra o forte vínculo religioso do Espiritismo brasileiro e o conceito sectário que a Religião tem no Brasil. A proposta de tornar os eventos Caminhos uma opção cultural para a sociedade em geral, e não apenas um evento sectário da comunidade espírita, enfrenta obstáculos culturais enraizados na concepção brasileira de Espiritismo que precisarão ser superados com inovação e persistência.


Um encontro espírita culturalmente amplo aumentará a população envolvida, trará maior visibilidade na mídia e seus temas tornar-se-ão motivos de debates nos mais diferentes ambientes. Isto parece muito bom para todo espírita. Por outro lado, o encontro terá que ser um pouco “menos espírita” para ser um pouco “mais de todos”, trazendo para o seu interior pessoas não iniciadas na doutrina, com linguagem e preocupações diferentes. O conflito entre a forma de interpretar a realidade do espírita e do não espírita será a prova de que estaremos perante mundos culturais diferentes. A este compartilhar em igualdade de valor as idéias espíritas com as não espíritas, eu chamo de “Espiritismo Aberto”. Ainda mais, é preciso que a mensagem seja compreensiva e importante para o não espírita, exige que selecionemos novos temas, estranhando nossa própria cultura espírita. Estranhamento que o diálogo respeitoso com as pessoas diferentes exige.


Até aqui a Associação Caminhos apenas começou a aprender como divulgar seus eventos espíritas, esforçando-se para difundir as temáticas espíritas nos diferentes órgãos da imprensa. No entanto, começo a perceber que o caminho está sempre incompleto se não buscarmos o que chamei de “Espiritismo aberto”. Se a realização de eventos espíritas verdadeiramente abertos conseguirá, em adição, acolher todas as vertentes espíritas brasileiras para uma discussão construtiva e tolerante, é mais uma pergunta que precisará ser respondida.

(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição V - Agosto/2009)



quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aproveitando o clima do 13º EME...



A mocidade e o mundo de hoje.


Anderson Ramos (Aramina/SP)

Os jovens, cada vez mais, estão se desenvolvendo rápido, e isso não esta se diferindo dentro da doutrina espírita. Antigamente não era comum ver um jovem, já aprendendo a lidar com sua mediunidade, já que os médiuns das casas eram pessoas mais experientes.

Hoje dentro das casas espíritas, já não e tão anormal ver um jovem aprendendo a lidar com suas responsabilidades, e com sua mediunidade, estudando e aprendendo sobre ela, talvez seja porque em nosso mundo, hoje tudo esta acontecendo mais rápido.

Nosso mundo está em um estagio de passagem, de expiação e prova, para regeneração, e tudo está indo em um ritmo mais acelerado, e não há mais tempo para esperar os jovens atingirem uma estabilidade maior em suas vidas para depois iniciarem seus compromissos com a espiritualidade, cabendo a cada um deles, aceitarem ou não e decidirem, se aceitam ou não esse compromisso. Claro que devem se conscientizar de suas responsabilidades, e de como isso poderá afetar em suas vidas.

É importante o estudo, o aprendizado que vem desde a base da doutrina, ate conteúdos mais específicos que os ajudem nessa decisão e a lidar com o que acontece com eles.

A Mocidade, mais do que nunca, está desempenhando um papel muito importante na vida desses jovens, porque o jovem tem uma possibilidade maior de trocar conhecimentos, experiências e de participarem mais da doutrina que frequentam.

Esse não e um desafio apenas para os jovens, mas também para os dirigentes dos grupos de mocidade, que participam e tem o compromisso de guiar os jovens nessa nova parte de suas vidas. Estando cientes que os jovens não são apenas os trabalhadores do amanha, pois muitos já são os trabalhadores do agora e que eles têm essas condições.

(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição V - Agosto/2009)





domingo, 15 de novembro de 2009

13º EME

ENCONTRO DE MOCIDADE INTERMUNICIPAL
SÃO JOAQUIM DA BARRA

O Encontro de Mocidade vai ACONTECER no dia 13 de Dezembro 2009 na cidade de Igarapava na Sede da Juventude Espírita Eurípedes Barsanulfo sito AV. Aristides Waldomiro Nery , 576 às 07:30 h, vamos convite todos o jovens de todas as idades....
 
Alô, menina ( o ) você está sabendo?!! Então espalhe ...

Telefone...


Mande um e-mail...

   
Carta... 

 
  Boca a boca... 


   
Enfim!
 TODO...


tem que saber!


13º EME

ENCONTRO DE MOCIDADE INTERMUNICIPAL
SÃO JOAQUIM DA BARRA
Dia - 13 de Dezembro de 2009. ( Domingo)
Cidade- Igarapava
Local – Juventude Espírita Eurípides Barsanulfo ( Mansão Do Vovó)
            Av Aristides Waldomiro Nery nº 576 CEP CEP 14540-000 IGARAPAVA SP
Horário - 07:30 horas
Valor da inscrição R$ 10,00 reais ( DEZ REAIS) por pessoas
Prazo final de inscrição 30 de Novembro (impreterivelmente)
O participante deverá tirar xerox da inscrição na quantidade que desejar e fazer pagamento em nome Juventude Espírita Eurípides Barsanulfo - Banco do Brasil Agencia 0419-7 Conta Corrente 3050-3
Enviar ficha preenchida para o endereço acima J.E. E. B. Av. Aristides W. Nery , 576 , juntamente com comprovante de deposito.





quarta-feira, 11 de novembro de 2009




Este artigo recomenda a leitura dos bons livros espíritas.


Falsos profetas.


Ana Wilma F. Gouveia (Guará/SP)


A literatura espírita é uma das mais ricas; muito se tem escrito e psicografado. Os impressos somam centenas de títulos entre livros e mensagens.
É sabido por todos que o espírita é um leitor efetivo e estudioso, sempre tentando ampliar seus conhecimentos e aprimorar-se em espírito, visto que Kardec nas obras da codificação, traz o sábio conselho – “Espíritas, amai-vos e instruí-vos!”
Contudo, é necessário bom senso e cautela nas escolha das obras em que nos debruçamos para estudo e leitura.
Nem tudo que se intitula espírita prima por seguir as orientações kardecistas. Cumpre ao leitor discernir o que lhe convém.
É necessário que os responsáveis por clubes de livros, feiras, bibliotecas espíritas tenham um apurado sendo de responsabilidade e conhecimento sobre as obras que colocarão à disposição de pessoas as mais das vezes iniciantes na doutrina e que podem assimilar conceitos equivocados e que são de conseqüências imprevisíveis.
Certa vez uma pessoa desavisadamente explanou o Evangelho se utilizando de conceitos lidos em um livro que não deveria estar nas estantes espíritas. Ele trazia acontecimentos totalmente distorcidos referente à vida de Maria Madalena, em flagrante contradição com o que Chico nos trouxe a respeito, com suas abençoadas mãos pscógrafas. A fala gerou um desconforto e estranheza entre os ouvintes. Cientes do fato, a direção da Casa buscou em diálogo amigo alertar a companheira e ouviu junto com o pedido de desculpas a frase “Mas é um livro psicografado e lançado por uma editora espírita, então eu achei que era certo!”
O difícil foi orientar as pessoas que haviam ouvido!
Por isso recorremos ao Evangelho Cap XVII item 16 – “Cultivai esta árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna. Aquele que a plantou vos convida a cuida-la com amor, que ainda vereis dar com abundância os frutos divino...Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu. Não a mutileis. Sua sombra imensa quer estender-se por todo o universo;não lhe corteis a ramagem...
O que temos presenciado é o aparecimento de alguns livros que deveriam ser melhor analisados antes de serem divulgados.
É inconcebível aceitar-se como real um conjunto de mais de duas dezenas de mensagens psicografadas por um único médium e de suposta autoria de Maria Mãe de Jesus. Recordemos que o próprio Chico só recebeu de Maria um recado transmitido por Emmanuel e que se resume nas palavras “Tudo passa”.
Também nos causa estranheza estar na lista de livros espíritas um evangelho destinado a jovens, no qual as palavras e os pronomes do Evangelho escrito pelos apóstolos, e que é pedra fundamental de todo o Cristianismo, ser simplificado e modificado na sua escrita. Ali aparecem os pronomes modificados e palavras trocadas.
Deveríamos pensar que os jovens de hoje ao se depararem com modificações na base do Evangelho, quando adultos, espíritas atuantes poderão seguir esta linha de pensamento e modificar outros conceitos básicos do cristianismo e da doutrina. Não foi a mão do homem que através dos séculos mudou a mensagem de Jesus, calando ensinamentos como a reencarnação e a comunicabilidade dos espíritos? Estes conceitos tiveram que ser reestabelecidos com a vindo do “Consolador Prometido”, O Espírito da Verdade, como anunciou Jesus.
Se querem um Evangelho que o jovem entenda sem dificuldades, recorramos ao esforço do Eliseu Rigonati, em seu Evangelho para a meninada. Conseguiu o intento sem alterar uma única palavra nas letras dos apóstolos.
É preciso muito cuidado e cautela, pois a grande tarefa dos espíritas é a divulgação da doutrina, tal qual foi codificada por Kardec e transmitida pelos bons espíritos.
As águas limpas do entendimento, do conhecimento, do conselho que recebemos devem chegar puras às mãos de quantos se acheguem à sombra do Evangelho do Cristo.
As obras psicografadas pelo nosso querido Chico são fontes de ensinamentos que levaríamos a vida inteira a pesquisar e meditar.Obras como “Há dois mil anos”, “Ave Cristo”, “Paulo e Estevão” nos trazem as raízes do Cristianismo e lê-las é mergulhar no clima de vibrações dos primeiros cristãos.Isso é incomparável, mais gratificante de que qualquer romance recentemente publicado, em nossa opinião.
A obra vasta de André Luiz é um tesouro de ensinamentos, capaz de nos descortinar horizontes maravilhosos. Contudo não são seus livros os que mais circulam nos meios espíritas.
“Não acreditais em todos os espíritos, mas provai se os espíritos vem de Deus, porque são muitos os falsos profetas que se levantarão no mundo” (João, Espítola 1, cap IV)

(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição V - Agosto/2009)



domingo, 8 de novembro de 2009




Hoje tem CONESPI. A USE Intermunicipal de São Joaquim da Barra está em prece, festa, confaternização e estudo. Parabéns à organização. Obrigado Pai!

"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" - Jesus (Marcos - 16:15)

"Divulgar o Espiritismo por todos os meios e modos dignos ao alcance, é tarefa prioritária." (Bezerra de Menezes / Divaldo Pereira Franco)

“Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus-Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade - a caridade de sua própria divulgação.” - trecho da obra "Estude e Viva" (Emmanuel-André Luiz /Chico Xavier-Waldo Vieira)


segunda-feira, 2 de novembro de 2009



Na esteira do nosso último post (artigo "Oração pelos desencarnados", do querido amigo José Eurípedes Garcia) e em lembrança do feriado nacional de Finados, ressaltando a importância da prece e do auxílio aos desencarnados...

LEMBRA-TE AUXILIANDO


Autor Emmanuel / Médium Francisco Cândido Xavier

“ Vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós antes de vós pedirdes.” - JESUS - MATEUS, 6:8.
“Os espíritos sofredores reclamam preces e estas lhes são proveitosas, porque, Verificando que há quem neles pense, menos desconfortados se sentem, menos Infelizes. Entretanto, a prece tem sobre eles ação mais direta: reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação e, possivelmente, lhes desvia do mal o pensamento. ” - Cap. 27, 18.

Lembra-te dos mortos, auxiliando...
Indiscutivelmente, todos eles agradecem a flor de saudade que lhes atiras, mas redivivos qual se encontram, se pudessem te rogariam diretamente mais decisiva cooperação, além do preito de superfície.
Supõe-te no lugar deles, de quando em quando, notadamente daqueles que se ausentaram da Terra, carregando dívidas e aflições.
Imagina-te largando a convivência dos filhos recém chegados do berço crivado de privações e pensa na gratidão que te faria beijar os próprios pés dos amigos que se dispusessem a socorrer-lhes o estomago torturado e a pele desprotegida.
Prefigura-te na condição dos que se despediram de pais desvalidos e enfermos, por decreto de inapelável separação, e pondera a felicidade que te tangeria todas as cordas do sentimento, diante dos irmãos que te substituíssem o carinho, ungindolhes a existência de esperança e consolo.
Julga-te no agoniado conflito dos que partiram violentamente, sob mágoas ferozes, legando à família atiçados braseiros de aversão e reflete no alívio que te sossegaria a mente fatigada, perante os corações generosos que te ajudassem a perdoar e servir, apagando o fogo do sofrimento.
Considera-te na posição dos que se afastaram à força, deixando ao lar aflitivos problemas e medita no agradecimento que sentirias ante os companheiros abnegados que lhes patrocinassem a solução.
Presume-te no círculo obscuro dos que passaram na Terra, dementados por terríveis enganos, a suspirarem no Além por renovação e progresso, e mentaliza o teu débito de amor para com todos os irmãos que te desculpassem os erros, propiciando- te vida nova, em bases de esquecimento.
Podes, sim, trabalhar em favor dos supostos extintos, lenindo-lhes o espírito com a frase benevolente e com o bálsamo da prece ou removendo as dificuldades e empeços que lhes marcam a retaguarda.
Lembra-te dos mortos, auxiliando...
Não apenas os vivos precisam de caridade, mas os mortos também.

Extraído do livro " O Livro da Esperança" - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER