José Eurípedes Garcia (Igarapava/SP)
Muitos médicos admitem que a maior parte das enfermidades de seus pacientes é de origem psicossomáticas, ou seja, não tem bases orgânicas.
Existem pessoas que morrem de doenças imaginárias. Do mesmo modo que usamos nossa mente para criar dores de cabeça, resfriados, febres, podemos usá-la também para criar problemas biológicos realmente sérios como úlceras, doenças cardíacas e câncer.
A enfermidade é um processo pelo qual algum órgão ou sistema transmite informação sobre desequilíbrios e exagerações que estamos fazendo em nossa vida e que devemos evitar. Estes desequilíbrios podem ser simples ou complexos.
Atrás de uma enfermidade está quase sempre uma extravagância, um abuso ou um hábito a corrigir.
Desenterrar desgostos ou ressentimentos é manifestação de rancor falta de perdão, que podem originar muitas sensações desastrosas em quem as cria.
Os sentimentos de ódio, a intolerância, geram irritação, descontrole, nervosismo, desgaste físico do sistema nervoso, taquicardias, palpitações, predispõe-nos às doenças cardíacas.
Quem não deseja curar-se, não conseguirá ficar saudável. Os estados de enfermidade podem esconder carências de atenção e necessidades de afeto.
Um enfermo pode criar dependência para com uma droga que toma diariamente, cujo organismo reclama e do qual sua mente não pode liberar-se.
A morte pode estar sendo desejada inconscientemente como uma fuga das circunstancias da vida ou dos problemas que se vê obrigado a enfrentar.
O Dr. Antônio Tedesco, médico neurologista espírita, classifica assim os fatores desencadeantes das doenças em sua generalidade:
1. Causas espirituais
2. Causas reencarnacionistas
3. Causas psíquicas
4. Causas físicas
Quando lemos o Evangelho Segundo o Espiritismo, no capitulo V encontramos:
“As tribulações da vida tem duas origens bem distintas”:
--Causas da vida presente
--Causas fora desta vida.
“Remontando-se à origem dos males terrenos, há de reconhecer que muitos males são conseqüência natural do caráter e do proceder das pessoas que sofrem.”
O Dr. Bernie Siegel, o grande oncologista norte americano, quando lhe chegam pacientes nos estágios mais avançados, pergunta-lhes se eles desejam cirurgia amputadora, quimioterapia ou radioterapia, ou se desejam apenas apoio psicológico. Graças à resposta do paciente ele calcula o seu tempo de sobrevida.
Se o paciente opta pela terapia psicológica, é porque ele crê na vida, ele viverá mais. Se pede a amputação terá uma sobrevida mais breve, pois não ama, não confia nas próprias resistências.
Entre os extraordinários casos do Dr. Bernie Siegel, impressiona-nos o histórico de uma mulher que estava morrendo de câncer. Ela morava a mais de mil quilômetros distante da clínica desse médico. Ouvindo falar desse admirável oncologista, manifestou desejo de consultar-se com ele.
Seu médico não foi nada otimista, pois ela estava morrendo.
Porém, face à suas insistências conseguiram meios de levá-la ao Dr. Siegel como se fosse cumprir o último desejo de uma moribunda.
Foi por ele gentilmente recebida, porém havia chegado muito tarde...
Mas ela ansiosa pergunta ao médico, após a sondagem clínica:
---Qual é a sua opinião Doutor?
Leal e realista ele foi objetivo: “Infelizmente, somos médicos, não podemos substituir órgãos vitais. Nem cirurgia, nem quimioterapia... A morte é um fenômeno inevitável é uma etapa da natureza biológica de um ciclo que cessa...”.
----Doutor, eu terei uma possibilidade em dez?
----Não senhora.
----Tê-la-ei em cem?
----Tampouco.
----Doutor, terei uma possibilidade entre mil pacientes?
----Não senhora.
----Em um milhão de pacientes?
---Bem, em um milhão de pacientes, é provável...
---Então cuide de mim, porque eu sou essa paciente no meio de um milhão.
Diante desse desejo, ele tratou-a e ela curou-se.
Nesse comenos ele percebeu que o câncer havia começado em meio de um processo litigioso de divórcio, e naturalmente o desencanto criou nela o desejo de morrer, descoberta a causa psicológica, começou a trabalhá-la para que ela vivesse.
O Dr. Siegel mostrou-lhe que existem homens muito melhores que o ex-marido dela, e que não valeria a pena morrer por um homem, já que existem tantos homens bons pelo mundo afora, que estão buscando uma boa mulher.
Quando ela se curou, o ex-marido procurou-a, mas ela não se interessou, pois já estava comprometida com outro.
Voltando ainda ao capítulo V de O Evangelho Segundo o Espiritismo:
“Interroguem friamente as suas consciências, todos os que são feridos em seu coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à fonte dos males que os torturam e verifiquem se, na maioria das vezes não poderão dizer... Se eu houvesse feito ou deixado de fazer tal coisa, não estaria nesta condição...”.
“... A quem então haverá o homem de responsabilizar por todas estas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, na maioria dos casos, é o autor de seus próprios infortúnios. Porém ao invés de reconhecê-lo, lhe parece mais cômodo e menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, e a Providencia Divina pela falta de oportunidade, pela sua má sorte”.
(Mentes do Amanhã - Ano II - Edição VI - Novembro/2009)
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